sábado, 25 de dezembro de 2010
Desejo de Ano Novo
“Pois, desejo primeiro que você ame e que amando, seja também amado, e que se não o for, seja breve em esquecer e esquecendo, não guarde mágoa. Desejo depois que não seja só, mas que se for, saiba ser sem se desesperar. Desejo também que tenha amigos e que, mesmo maus e inconseqüentes, sejam corajosos e fiéis, e que em pelo menos um deles você possa confiar, que confiando, não duvide de sua confiança. E porque a vida é assim, desejo ainda que você tenha inimigos, nem muitos nem poucos, mas na medida exata para que, algumas vezes, você se interpele a respeito de suas próprias certezas e que entre eles haja pelo menos um que seja justo, para que você não se sinta demasiadamente seguro.
Desejo, depois, que você seja útil, não insubstituivelmente útil, mas razoavelmente útil. E que nos maus momentos, quando não restar mais nada, essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante, não com os que erram pouco, porque isso é fácil, mas com aqueles que erram muito e irremediavelmente, e que essa tolerância não se transforme em aplauso nem em permissividade, para que assim, fazendo um bom uso dela, você dê também um exemplo para os outros.
Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais e que, sendo maduro, não insista em rejuvenescer e que, sendo velho, não se dedique a desesperar. Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor, e é preciso deixar que eles escorram dentro de nós.
Desejo, por sinal, que você seja triste, mas não o ano todo, nem em um mês e muito menos numa semana, mas apenas por um dia. Mas que nesse dia de tristeza, você descubra que o riso diário é bom, o riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo que você descubra com o máximo de urgência, acima e a despeito de tudo, talvez agora mesmo, mas se for impossível, amanhã de manhã, que existem oprimidos, injustiçados e infelizes, e que estão à sua volta porque seu pai aceitou conviver com eles. E que eles continuarão à volta de seus filhos, se você achar a convivência inevitável.
Desejo ainda que você afague um gato, que alimente um cão e que ouça pelo menos um João-de-barro erguer triunfante o seu canto matinal. Porque assim você se sentirá bem por nada.
Desejo também que você plante uma semente, por mais ridícula que seja, e acompanhe o seu crescimento dia a dia, para que você saiba de quantas muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro, porque é preciso ser prático. E que, pelo menos uma vez por ano, você ponha uma porção dele na sua frente e diga: “isso é meu”. Só para que fique bem claro quem é dono de quem.
Desejo ainda que você seja frugal, não inteiramente frugal, não obcecadamente frugal, mas apenas usualmente frugal. Mas que essa frugalidade não impeça você de abusar quando o abuso se impõe.
Desejo também que nenhum dos seus afetos morra, por ele e por você. Mas que, se morrer, você possa chorar sem se culpar e sofrer sem se lamentar.
Desejo, por fim, que sendo mulher você tenha um bom homem, e que sendo homem, tenha uma boa mulher. E que se amem hoje, amanhã, depois, no dia seguinte, mais uma vez, e novamente, de agora até o próximo ano acabar, e que quando estiverem exaustos e sorridentes, ainda tenham amor para recomeçar.
E se isso só acontecer, não tenho mais nada para desejar.”
Sergio Jockymann
Jornal Folha da Tarde – 1980.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
2010
Meu querido, te amo sempre, uma vez como amante, depois como companheiro, e agora como amigo distante, mas sempre.
Obrigada por tudo.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Narciso acha feio o que não é espelho
Já a gente que gosta de si mesma não concebe a possibilidade de mudar seus planos, não está aberta a receber novas realidades. Entende que alguém que não cumpre as expectativas não é digno de sua companhia. São aquelas pessoas muito bem descritas pelo Cazuza no Blues da Piedade: “pra quem não sabe amar, fica esperando alguém que caiba no seu sonho”...
E eu, como especialista em sonhos que sou, posso garantir que eles refletem muito mais a gente mesmo do que os outros, portanto, é impossível que outra pessoa os alcance.
Para o momento, estou optando pelo primeiro grupo.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Aff...
Culpa de quem? Arrisco dizer que é nossa. Somos muito mais exigentes conosco do que com eles. Enquanto minha bunda não estiver perfeitamente sem celulite, não vou ser feliz. Já a barriguinha de chopp dele... tudo bem, é até um charme. Enquanto eu não ler todos os livros que pretendo no ano, não me sentirei digna de uma conversa inteligente. Já o fato de ele não conhecer Edgar Allan Poe... tudo bem, ele tem outros interesses.
Uma prova disso é o Facebook. Ali dá pra ver a perfeita tradução da realidade contemporânea: os homens escrevem qualquer merda e um monte de mulher curte e/ou comenta. Já as mulheres, por mais lindas e bacanas que sejam, podem escrever a coisa mais inteligente e engraçada que já se viu... só a melhor amiga se manifesta.
Não, eu não sou feminista e muito menos machista. Só acho que nós temos que parar de subir o nosso próprio sarrafo e parar de descer o deles. Vamos aumentar o nível de exigência e valorizar mais todo o esforço que temos feito!
Então, gurias do meu Brasil varonil, pelamordedeus, parem de babar o ovo desses guris!!
Alguns são bem legais e interessantes, sem dúvida, mas a regra é clara: se ele não baba o seu ovo, NÃO BABE O DELE! Simples assim.
Desta forma, todas nós contribuiremos para um mundo mais justo e igualitário.
Grata.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Pode ser ou tá difícil?
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Tatuagem
"Era como se a cada passo eu me rasgasse um pouco, porque minha pele tinha ficado presa naquela mulher. E um dia mamãe me chamou para uma conversa, parecia algo desapontada por descobrir alguém mais infeliz que ela."
Esse trecho me lembra uma música que eu amo, e que diz exatamente o que eu sinto neste momento.
“Quero ficar no teu corpo
Feito tatuagem
Que é prá te dar coragem
Prá seguir viagem
Quando a noite vem...
E também prá me perpetuar
Em tua escrava
Que você pega, esfrega
Nega, mas não lava...
Quero brincar no teu corpo
Feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem...
E nos músculos exaustos
Do teu braço
Repousar frouxa, murcha
Farta, morta de cansaço...
Quero pesar feito cruz
Nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem...
Quero ser a cicatriz
Risonha e corrosiva
Marcada a frio
Ferro e fogo
Em carne viva
(...)”
Música “Tatuagem” do Chico Buarque – vídeo abaixo.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Vendo
Interessados: luisasbernardes@gmail.com
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Revisitando...
Mas à medida que vão se aproximando, vão ficando nem tanto, tanto menos, tão pouco, quase nada.
Em compensação, há essas outras que, num olhar mais distraído, são tão básicas e tão apagadas, só que enquanto vêm chegando, vão se iluminando, se enchendo de vida e enchendo a nossa vida.
Pessoas intrigantes essas, que vão tomando o pensamento da gente aos pouquinhos, e quando a gente vê, se abancaram no lugar daquelas primeiras, tão belas, tão interessantes, tão maravilhosas, tão "esquecíveis".
Eu vivo dizendo que "tão admiráveis são aqueles que não conhecemos bem". Pois bem, mais admiráveis ainda são os que conhecemos bem e, mesmo assim, seguimos admirando.
(escrevi esse texto em 2007 e, lendo agora, percebi que a vida definitivamente é um ciclo)
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Da (in)felicidade
trecho do conto Berenice - Edgar Allan Poe.
terça-feira, 5 de outubro de 2010
Não é pra mim
Os ombros dele trazem o peso de quem sabe o que diz, observando o mundo sem participar.
Os movimentos dele me mostram tristeza e solidão, mas ele tem sempre alguém por perto, e isso me impede de trazer ele pra mim. Eu quero dividir meu silêncio com ele, tudo que eu sinto e só ele entende.
É, eu estou apaixonada.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Cartola sabia das coisas...
pois chorando eu vi a mocidade perdida...
fim da tempestade,
o sol nascerá,
fim desta saudade,
hei de ter outro alguém para amar..."
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Saudade de hoje: Renata
TE AMO.
terça-feira, 21 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
AMEI
PARA TODOS QUE SE GASTAM TANTO
Calma amigo
Esse buraco
Que você cava
Não tem fundo
E acontece de gastar
Tuas unhas
Teus dedos
Intuindo o medo
Teus olhos querendo
Esse horizonte
Que nunca se aproxima
Há uma linha de partida
Mas não há chegada
Você anda para o nada
Porque a pressa?
Everton Behenck
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Revisitando...
Certa vez eu li que "o amor tem que ser belo e dolorido".
Não consigo imaginar como algo dolorido pode ser belo.
Eu já acho que o amor tem que ser belo e COLORIDO!
Tem que ser leve e sorridente, tem que ser como um samba bem dançado, uma música bem tocada, um livro bem escrito. Tem que te fazer mostrar os dentes, a voz, o suspiro. Tem que te levar a agir como idiota, rir de coisas sem sentido e te dar uma alegria sem explicação.
Tem que fazer sentido não saber o sentido de amar alguém ou algo.
Acredito que o amor só é verdadeiro quando tu não consegue explicar o porquê da sua existência.
E é por isso que eu já desisti de tentar entendê-lo.
terça-feira, 24 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
If I Fell
Composição: John Lennon / Paul McCartney
If I fell in love with you,
Would you promise to be true
And help me understand?
'Cause I've been in love before
And I found that love was more
Than just holdin' hands.
If I give my heart
To you,
I must be sure
From the very start
That you
Would love me more than her.
If I trust in you
Oh, please,
Don't run and hide.
If I love you too
Oh, please,
Don't hurt my pride like her
'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.
So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two
'Cause I couldn't stand the pain
And I
Would be sad if our new love
Was in vain.
So I hope you see
That I
Would love to love you
And that she
Will cry
When she learns we are two.
If I fell in love with you.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
segunda-feira, 12 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Todo Amor que Houver Nessa Vida
Composição: Cazuza / Frejat
Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós, na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia...
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno
anti-monotonia...
E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio
O mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria...
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E algum veneno anti-monotonia...
sexta-feira, 2 de julho de 2010
SONETO DA FIDELIDADE
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me preocupe
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive)
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Be quiet, baby
"Esse é o teu jeito de gritar" diz a doutora.
Não! Não quero! Quero gritar com a boca, com a garganta, na mais alta potência. Quero desabafar, e que todos me escutem. Cansei de gritar calada.
Tenho uma irritação com esse conformismo que me rodeia.
Não tem persistência, não tem tentativa, não tem esforço. O que tem é bateção de cabeça por aí.
"Não deu? Ok deixa pra lá, nem era tão bom assim, vamos pra próxima."
Às vezes a solução é tão próxima.
Mas o que eu vou fazer?
Implodir?!?!?!
quinta-feira, 1 de julho de 2010
Quando eu crescer...
"Nem sequer é para mim uma tentação de neófito. Os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido."
quarta-feira, 30 de junho de 2010
All You Need is Love
Sinal de que dias melhores virão.
Agora, tudo que eu preciso é um dia de sol pra acordar e sentar na sacada com chimarrão + Amarante ou Delacroix ao pé do ouvido.
Esperemos o sábado. Se der sol, sinal de que seremos felizes para sempre, meu amado desconhecido e eu.
Se der chuva, sinal de que o sempre chegará só na semana que vem...
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Da série "Como é que eu não pensei nisso?"
PARA ELA QUE EU INVENTO ESCREVENDO
Amo
Por princípio
Tudo o que te diz respeito
Amo a fila do banco
Se você esteve
No caixa
Recentemente
Amo o nome
De uma rua
Por que você
Tem passado por ali
Diariamente
E gosto mais
De mim
Por você ter me tocado
E escrevo
Sem medo
Um poema romântico
E anacrônico
Porque a literatura
Só é boa
Quando você
Folheia um livro
Amo seu pai
Porque ele está em você
Amo o guarda
Que fez aquela multa
Porque era seu carro
E amo o cadastro
De sua última consulta
Ao médico
Um papel com sua assinatura
É digno
De todo amor que eu sinto
Amo o fato
De ver que cada uma dessas
Palavras que escrevo
Contradizem tudo o que eu penso
Te amo
Porque te invento
Everton Behenck
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Minha Casa
É mais fácil
Cultuar os mortos
Que os vivos
Mais fácil viver
De sombras que de sóis
É mais fácil
Mimeografar o passado
Que imprimir o futuro...
Não quero ser triste
Como o poeta que envelhece
Lendo Maiakóvski
Na loja de conveniência
Não quero ser alegre
Como o cão que sai a passear
Com o seu dono alegre
Sob o sol de domingo...
Nem quero ser estanque
Como quem constrói estradas
E não anda
Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas
Quero no escuro
Como um cego tatear
Estrelas distraídas...
Amoras silvestres
No passeio público
Amores secretos
Debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param
Pára-raios quem não tem
Mesmo que não venha o trem
Não posso parar...
Veja o mundo passar
Como passa
Uma escola de samba
Que atravessa
Pergunto onde estão
Teus tamborins?
Pergunto onde estão
Teus tamborins?
Sentado na porta
De minha casa
A mesma e única casa
A casa onde eu sempre morei...
terça-feira, 1 de junho de 2010
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Every little thing she does is magic
Quero ser irresistível, quero entrega, quero rompantes, visitas repentinas, flores sem data, quero ser tema de música.
E não se trata de soberba ou arrogância, tampouco falta de noção. A questão é que eu quero espetáculo. Sou pisciana com ascendente em peixes, pô! Tudo que espero da vida é um pouco de magia.
Se não tiver tudo isso, vou me sumindo, me escapando, e aí já me basta uma boa música e o sol na minha sacada pra me alegrar.
Contribuição do Diego para esse mesmo tema, uma música dos Engenheiros:
"A medida de amar é amar sem medida
Velocidade máxima permitida
A medida de amar é amar sem medida"
terça-feira, 30 de março de 2010
quinta-feira, 25 de março de 2010
Procura-se
Blog dele: http://deliriosnaprovincia.blogspot.com/
"Procura-se um amor que procura um amor...
Procura-se um amor que em primeira mão divida o cotidiano. Que se divida no cotidiano. Que Se reparta. Que Se entregue. Que não parta frente à natural dificuldade das diferenças. Que entregue sua natureza. Procura-se um amor que finalmente nos escute. Que nos sinta. Que pressinta o momento de ser forte. Que saiba antes da dor preparar o terreno, e após ela tenha a sensibilidade do colo. Que tenha a delicadeza no cafuné ao dormir. Que tenha romantismo na pegada. Que não tenha receio em se apegar. Procura-se um amor que abra os sentimentos. Que se abra ao viver cada momento. Que tenha o prazer em conosco perder seu tempo. Que tenha coragem em repartir seus tormentos. Que tenha conosco o fim da angustia. Que nos tenha como um novo começo. Que nos seja o princípio do belo. Que nos faça um bolo no dia de chuva. Que reparta a pipoca no cinema. Que nos dê a mão no beijo do filme. Procura-se um amor que nos divirta. Procura-se um amor Que se possa conversar. Que nos recolha conchinhas no mar. Que também acredite que o “amor aumenta com o ar”. Procura-se um amor que tenha similitude no impacto das almas. Que tenha personalidade na discrição. Que tenha reciprocidade na saudade. Que nos mande mensagem no meio da noite. Que nos procure primeiro ao receber uma novidade. Procura-se um amor que nos leve para dançar. Que dance conosco a vida. Que junto a gente construa a história de nossas vidas. Que na distância fabrique a vinda de uma memória. Que a nostalgia se dê como esperança. Procura-se um amor que “no choque entre o azul e o cacho de acácias” deixe tudo “lindo”! Que faça Caetano re-fazer seu poema. Que fizesse “Chico” lamentar não ter conhecido. Procura-se um amor que não tenha medo. Que se jogue. Que se declare. Que a única forma de jogo seja jogar junto com a gente. Procura-se um amor que não só nos faça bem, mas que nos torne melhor. Que melhor seja impossível. Que nos transforme como disse “Drexler”. Que nos re-funde a partir do sentimento. Que se funda com a nossa vida. Que compartilhe seus movimentos. Procura-se um amor que preze nossa liberdade. Que acredite no valor do respeito. Que se encante pelo nosso jeito. Que tenha jogo-de-cintura na adversidade. Que tenha tranqüilidade para fornecer sossego. Procura-se um amor que nos surpreenda. Que não feche os olhos antes que adormeçamos. Que não se arrependa em viver a vida. Que quando não estivermos esperando – chegue. Que nos carregue em direção às nuvens. Que nos traga a consistência na leveza. Procura-se um amor que finalmente seja um delicioso “pequeno lugar”. E que lá “Cartola” seja trilha sonora. Procura-se um amor que seja equilibrado sem ser chato. Que seja louco sem nos colocar em risco. Que seja “meio bossa nova e rock´n roll”. Procura-se um amor que antes seja bela que bonita. Que seja interessante. Procura-se um amor que na base há lealdade. Que tenha alteridade em seus valores. Que seja responsável com aquele que cativamos. Procura-se um amor que se acredite. Que credite suas fichas em nosso centro. Procura-se um amor que seja por dentro, mas Que não tenha medo em botar para fora. Que dirija nossa vida quando estivermos bêbados. Que nos cuide quando convalescemos. Procura-se um amor que combine com a nossa casa. Que o astral seja harmonia. Que as noites de inverno sejam acolhimento. Procura-se um amor que seja sagaz na melodia. Que no fim da tarde nos procure para saber de nosso dia. Procura-se um amor que também esteja nos procurando. Que esteja vivendo no mesmo “tempo”. Que não seja mais um futuro-do-pretérito. Que traga consigo o “tempo do amor”. Procura-se um amor que nos faça perder a noção do tempo. Que nos descontrole pelo envolvimento. Procura-se um amor que... Procura-se um amor... Procura-se um... Procura-se... Procura... Pró-cura... Quiçá o amor exista na “cura” do mundo."
E ouso completar o texto do Jayme: Procura-se um amor que é, e não "poderia ter sido".
quarta-feira, 17 de março de 2010
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Frase do Dia
Cinthya Verri